Etiqueta Patrimonial para Igreja

A importãncia do Controle Patrimonial para Igrejas


Por que as igrejas precisam de controle patrimonial?

Imagine a seguinte situação: a igreja compra um lote de cadeiras novas. Sem um controle adequado, como saber se essas cadeiras estão durando o tempo esperado e se o investimento valeu a pena? O controle patrimonial permite acompanhar a vida útil dos bens e otimizar futuras compras.

Separando os bens da igreja dos bens pessoais


Separação de Bens: Igreja x Pastor/Padre

A gestão eficiente do patrimônio de uma igreja exige uma clara distinção entre os bens da instituição e os bens pessoais do pastor ou padre. Essa separação é fundamental para garantir a transparência, a legalidade e a sustentabilidade financeira da igreja.


O Pastor/Padre como Representante Legal

O pastor ou padre, na maioria das vezes, atua como representante legal da igreja. Essa função confere a ele a responsabilidade de administrar os bens da instituição. No entanto, é crucial que essa administração seja feita de forma transparente e separada de seus bens pessoais.


A Importância da Separação

A mistura de bens pessoais com os bens da igreja pode gerar uma série de problemas, como:

Confusão contábil: Dificulta a organização das finanças e a identificação de receitas e despesas.

Problemas fiscais: Pode caracterizar sonegação fiscal e gerar multas e outras penalidades.

Perda de credibilidade: A falta de transparência pode prejudicar a imagem da igreja perante a comunidade.

Dificuldades em caso de auditorias: A ausência de uma contabilidade clara pode dificultar a realização de auditorias e a identificação de possíveis irregularidades.

A Solução: Uma Gestão Patrimonial Eficiente


Para evitar esses problemas, é fundamental que a igreja adote uma gestão patrimonial eficiente, que inclua:

Contabilidade separada: Manter registros contábeis distintos para os bens da igreja e os bens pessoais do pastor/padre.

Contas bancárias separadas: Utilizar contas bancárias específicas para cada tipo de recurso.

Contratos claros: Formalizar contratos para a utilização dos bens da igreja por parte do pastor/padre, definindo as responsabilidades de cada parte.

Auditoria regular: Realizar auditorias periódicas para verificar a conformidade da gestão patrimonial com as normas legais e os estatutos da igreja.

Benefícios do controle patrimonial da Igreja:

Redução de custos: Permite identificar gastos desnecessários e otimizar recursos.

Tomada de decisões mais assertivas: Ajuda a planejar investimentos e manutenções.

Melhora da gestão financeira: Permite ter uma visão mais clara da situação financeira da igreja.

Aumento da transparência: Demonstra aos membros da igreja que os recursos estão sendo utilizados de forma responsável.

Como Deve Funcionar o Controle do Patrimônio de uma Igreja?


Um Guia Completo para uma Gestão Eficiente

A gestão do patrimônio de uma igreja, embora possa parecer complexa, é fundamental para garantir a sustentabilidade e o bom funcionamento da instituição. Ao seguir os passos abaixo, você poderá implementar um sistema eficaz de controle patrimonial:


1. Inventário Detalhado:

Levantamento completo: Elabore uma lista detalhada de todos os bens da igreja, desde imóveis até pequenos utensílios.

Avaliação do estado: Avalie a condição de cada bem, identificando aqueles que precisam de reparos ou substituição.

Documentação: Registre todas as informações relevantes, como data de aquisição, valor, fabricante e número de série.


2. Avaliação dos Ativos:

Valor histórico: Determine o valor original de cada bem.

Vida útil: Estime o tempo de vida útil de cada ativo, considerando o uso e o desgaste natural.

Valor de reposição: Verifique o custo para substituir cada bem caso seja necessário.


3. Cálculo da Depreciação:

Depreciação: A depreciação é a perda gradual do valor de um bem ao longo do tempo. Calcule a depreciação anual de cada ativo com base em sua vida útil.

Tabela de depreciação: Crie uma tabela que organize as informações sobre a depreciação de todos os bens.

Normas contábeis: Consulte as normas contábeis específicas para igrejas para garantir que o cálculo da depreciação esteja de acordo com os requisitos legais.


4. Teste de Recuperabilidade:

Valor recuperável: Verifique se o valor de mercado de um bem é maior ou menor do que o valor registrado na contabilidade.

Impairment: Se o valor de mercado for menor, é necessário reconhecer uma perda por impairment, ajustando o valor do bem na contabilidade.

NBC TG 01 (R3): Consulte a Norma Brasileira de Contabilidade para entender os procedimentos específicos para o teste de recuperabilidade.


5. Atualização Contínua:

Manutenção do inventário: Mantenha o inventário atualizado, incluindo novos aquisições e baixas de bens.

Revisão periódica da depreciação: Revise a taxa de depreciação dos bens periodicamente, considerando fatores como mudanças nas condições de uso e obsolescência tecnológica.


O controle patrimonial é uma ferramenta essencial para a gestão de uma igreja. Ao implementar um sistema eficiente de controle, a igreja garante a preservação de seus bens e fortalece sua missão.